21 de febrero de 2019
Por que é importante considerar a interculturalidade na sala de aula?
María Fernanda Téllez
Traducción de Roberta Flaborea Favaro
O século XX trouxe o desenvolvimento das comunicações. A máquina a vapor, o automóvel, o transporte aéreo, o telefone e mais recentemente a informática, que tem facilitado a mobilidade social de maneira exponencial. Apesar das fronteiras concebidas institucionalmente e a pressa dos governos por delimitar o limite das ações dos demais sobre seus territórios, tem resultado em vão que o ser humano enfrente-se às culturas e civilizações completamente alheias. Surge, então, o questionamento de como compreender esse outro que fala de maneira diferente e cuja lógica não corresponde a minha? É aqui onde tem importância a interculturalidade. Portanto, existe a necessidade de criar contextos educativos que facilitem a reflexão, o entendimento e que favoreça a aceitação do Outro e o valor pela diversidade.
Desta perspectiva, a interculturalidade implica em ser tolerante frente a outros valores e a compreensão em direção aos demais, desde o indivíduo e o coletivo. A humanidade requer da habilidade e da agudeza para compreender o Outro. Cada vez se faz mais difícil aceitar a nós mesmos e aceitar aos demais ante nossa incapacidade de definir a nós mesmos y, portanto, a definir o Outro. Esse definir o Outro implica vê-lo com outros olhos que permitam aceitar a diferença e que a sua vez facilitem percebê-lo como um igual que vai pelo mundo para construí-lo conjuntamente.
Com relação ao anterior, Gómez e Hernández (2019) consideram que a interculturalidade “requer ser vista como algo por construir socialmente – de um processo permanente de relação, articulação e negociação entre diferentes – em condições de respeito, legitimidade, simetria e igualdade e de um projeto político, social, ético, epistémico e educativo (…)” (p. 26). Em outras palavras, a construção social depende da interculturalidade como um processo de intercâmbio e aceitação do Outro.
Em efeito, a interculturalidade, como uma possibilidade de ver o Outro desde a sua realidade e desde sua diferença, deve se converter em uma meta fundamental na educação. Esta visão deve transformar o espaço da sala de aula; neste sentido, o professor deve ser sensível para desenvolver a competência intercultural no contexto educativo. Segundo Hernández (2011), a escola representa um lugar para estabelecer relações com o outro. Em conclusão, o professor deve fortalecer esse espaço para fomentar a competência intercultural desde idades precoces com o fim de despertar a consciência cultural e social.
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Referências bibliográficas
Gómez, J.T., & Hernández, J. G. (2010). Relaciones interculturales, interculturalidad y multiculturalismo; teorías, conceptos, actores y referencias. Relaciones Interculturales Cuicuilco, 48, 11-34. Recuperado de http://www.scielo.org.mx/pdf/cuicui/v17n48/v17n48a2.pdf
Hernández, J.A. (2011). La competencia intercultural en el alumnado de educación primaria: Diseño y evaluación de un plan de intervención para su desarrollo. (Tesis doctoral). Universidad de Alicante. www.eltallerdigital.com Recuperado de http://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/23655/1/Tesis_Jose%20HBravo.pdf